O Candomblé para mim deixou de ser apenas uma religião para se tornar um estilo de vida.

"Huntó Douglas D' Odé"

sexta-feira, 16 de março de 2012

Estudo "África, o berço do Candomblé" - Parte X - Encerramento

África, o país onde nasceu o Candomblé;

África, um povo de fé;

África, um povo de esperança;

África, um povo simples;

África, o berço do Candomblé;

África, a realeza negra que desembarcou na Bahia e implantou o Candomblé em um país Católico.

É fácil ser de Candomblé, é fácil viver no Candomblé quando não se luta por um Candomblé melhor. É muito fácil ser de uma religião aonde pessoas viveram e morreram em prol dela, aonde pessoas lutam pra ter direitos, e você só chega e enche a boca para dizer “EU SOU DE CANDOMBLÉ”, sim é de Candomblé, mas o que você faz para que as crianças de asé não tenham que enfrentar uma sociedade preconceituosa do jeito que tantos enfrentaram e enfrentam. Para ser de Candomblé não basta ir para dentro do barracão nos dias de festa e depois ir para casa achando que a missão está cumprida. Quantas pessoas lutaram e lutam para que hoje você esteja dentro de um barracão fazendo o seu Candomblé e não seja preso pela polícia, para que hoje você esteja em uma cachoeira e não seja apedrejado, para que hoje você ande com roupas oriundas do Candomblé pelas ruas e não seja preso e morto pela Igreja Católica. Veja como essas pessoas trabalharam para que você tenha uma vida melhor dentro da religião que você escolheu para seguir. E aqueles pobres negros que tanto apanharam no tronco, muitas vezes apenas por falarem o nome de seus deuses, hoje você pode gritar na rua o nome do seu Òrísà e todos são obrigados a te respeitar, mas isso não é por você e sim por aqueles que vieram antes de você. As pessoas que hoje não fazem nada de bom para o Candomblé, com certeza não merecem dizer que é de Candomblé.

Eu Huntó Douglas, quero humildemente agradecer a todos os negros que vieram da África e implantaram o Candomblé no nosso país. Eu amo o Candomblé, eu amo ser de Candomblé, eu nasci para o Candomblé, com muito orgulho e honra, eu digo “SOU DE CANDOMBLÉ”. Enquanto Olorun me der um sopro de vida, enquanto Obaluayè me der saúde, enquanto Odé me abençoar, enquanto Ogún me der forças, enquanto nossos os Òrísàs existirem sobre a Terra eu vou lutar por um Candomblé melhor.

Soou a chibata no lombo do negro soou;

Senzala aonde o negro padeceu;

Senzala que o negro jamais esqueceu;

Candomblé é pra quem tem sangue de negro!

Òsóssì Mojubá
Iyansà Iyá Nlá
Bessen aho bo boy
Olorun Modupé

Asé o


Por: Akòwé Ofá Dourado

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